Serviços Gerenciados de TI: veja quais são os essenciais para sua empresa

Nos dias de hoje, a terceirização por meio de serviços gerenciados de TI tornou-se uma estratégia central para grandes empresas se manterem competitivas e eficientes. O mercado confirma essa tendência: cerca de 80% das empresas brasileiras já terceirizam algum setor ou atividade de negócio. Globalmente, os gastos com outsourcing de TI ultrapassaram US$ 1,2 trilhão e devem seguir crescendo, impulsionados pela busca por redução de custos e acesso a tecnologia de ponta.
Estudos indicam que 59% das organizações alcançaram reduções significativas de custos com terceirização, enquanto 65% conseguiram focar mais em suas atividades essenciais, elevando a produtividade. No Brasil, mesmo com o investimento recorde em TI (que chegou em US$ 58,6 bi em 2024), as empresas enfrentam um déficit de talentos tecnológicos – 94% dos gestores relatam dificuldade para encontrar profissionais qualificados.
Diante desse cenário, contar com parceiros especializados em serviços gerenciados de TI permite às grandes corporações inovar e crescer sem ficarem reféns da escassez de mão de obra ou da necessidade de investimentos pesados em infraestrutura própria. Quase metade das grandes empresas globais planeja aumentar a terceirização de TI, tratando os serviços gerenciados não apenas como alternativa operacional, mas como alicerce estratégico para a continuidade dos negócios.
Serviços Gerenciados de TI com foco em consultoria
A consultoria em TI é um serviço no qual especialistas auxiliam a empresa a planejar e alinhar suas iniciativas tecnológicas com os objetivos de negócio. Isso inclui desde o desenho de estratégias de transformação digital até a otimização de processos e adoção de novas soluções.
Para empresas de grande porte, a consultoria traz um benefício estratégico claro: acesso a conhecimento de ponta e visão externa, o que permite definir roadmaps tecnológicos mais assertivos e evitar investimentos equivocados.
Consultorias com experiência ajudam a identificar oportunidades de inovação e a mitigar riscos, garantindo que a TI atue como motor de competitividade e não como gargalo. Operacionalmente, esse serviço apoia a organização na implementação de projetos complexos, provendo metodologias e melhores práticas para cumprir prazos e orçamentos.
O impacto positivo é tangível – empresas que adotam modelos de terceirização estratégica relatam aumentos significativos na capacidade de inovar (59% das organizações, segundo pesquisa da Deloitte). O mercado reflete essa importância: o setor global de serviços e consultoria em TI projeta alcançar US$ 92,95 bilhões até 2029, com crescimento anual de 4,42%. No Brasil, a demanda também é forte – a IDC estimou alta de 6,7% nos serviços de TI em 2023, impulsionada principalmente por soluções de consultoria, gestão de aplicações e integração de sistemas.
Serviços End User
Os Serviços End User englobam o suporte e a gestão voltados aos usuários finais de tecnologia dentro da empresa – funcionários que dependem de computadores, sistemas e dispositivos para realizar seu trabalho. Na prática, isso inclui central de service desk ou help desk, suporte técnico remoto e presencial aos colaboradores, gestão de ativos como estações de trabalho e dispositivos móveis, além de iniciativas de melhoria da experiência do usuário.
O benefício estratégico desses serviços para grandes empresas está na garantia de continuidade do negócio: ao assegurar que os funcionários tenham suporte ágil e eficaz, minimizam-se interrupções nas operações. Uma força de trabalho bem atendida em suas necessidades de TI consegue ser mais produtiva e focar nas atividades que geram valor para a companhia.
Do ponto de vista operacional, a terceirização do suporte ao usuário traz escala e qualidade superiores. Fornecedores especializados oferecem atendimento 24×7, acordos de nível de serviço (SLAs) rigorosos e profissionais continuamente treinados nas tecnologias mais recentes – algo difícil de sustentar apenas com equipe interna. Isso se traduz em maior velocidade na resolução de chamados e satisfação dos colaboradores. Estatísticas globais mostram que serviços de TI são os mais terceirizados no mundo, representando 72% de todos os serviços contratados externamente.
Dentro desse universo, o suporte aos usuários (Service Desk, Gestão de Ativos, Break & Fix, entre outros) representa 59% dos serviços terceirizados, evidenciando como as empresas reconhecem o valor de delegar essa função a parceiros. Para empresas de grande porte, adotar serviços gerenciados de End User Support significa padronizar o atendimento em todas as unidades e regiões, reduzir custos operacionais com suporte e, principalmente, liberar a equipe de TI interna para projetos estratégicos enquanto especialistas cuidam da satisfação dos usuários e da manutenção da produtividade diária.
Field Services
Field Services refere-se aos serviços de TI prestados em campo, ou seja, suporte técnico presencial em diferentes locais e filiais da empresa. Grandes organizações frequentemente possuem escritórios, fábricas, lojas ou centros de distribuição espalhados geograficamente – manter equipes de TI dedicadas em cada local pode ser impraticável.
É aí que o Field Service se torna valioso: um fornecedor especializado dispõe de uma rede de técnicos para atender in loco demandas como instalação e manutenção de hardware, reparo de equipamentos, suporte a redes locais e infraestrutura física, entre outras. O benefício estratégico desse serviço é assegurar uma cobertura nacional de suporte padronizado, permitindo que a empresa expanda operações sem se preocupar em escalar internamente uma equipe de TI para cada região. Em termos operacionais, o Field Service reduz drasticamente o tempo de resposta a incidentes locais – um equipamento crítico em uma filial é reparado ou substituído rapidamente, evitando longos períodos de inatividade. Isso melhora a continuidade e confiabilidade das operações distribuídas.
Há ainda um ganho de eficiência de custos: em vez de manter técnicos ociosos em várias unidades, a empresa contrata sob demanda o serviço quando e onde for necessário. Vale destacar que cumprir metas de serviço em campo requer alta competência – quase 46% das organizações com operações de campo relatam dificuldade em cumprir todos os SLAs acordados, muitas vezes por falta de pessoal ou ferramentas adequadas. Aliás, 40% dessas empresas citam a falta de mão de obra qualificada como um desafio importante para o Field Service, de acordo com pesquisas do setor.
Esses números reforçam a importância de contar com um parceiro experiente: fornecedores de serviços de Field Service gerenciados investem constantemente em capacitação e tecnologias para otimizar o atendimento em campo.
Serviços de cibersegurança
Os Serviços Gerenciados de Cibersegurança tornaram-se prioridade absoluta no ambiente corporativo atual. Com ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas e ataques frequentes, a segurança da informação deixou de ser apenas uma questão de TI para se tornar um tema estratégico de negócios. Prova disso é que 85% dos CEOs consideram a segurança cibernética fundamental para o crescimento de suas empresas, segundo uma pesquisa publicada pela TI Inside, em fevereiro de 2023.
Nesse contexto, empresas têm aderido a serviços gerenciados de segurança para proteger seus dados, sistemas e reputação. Mas o que esses serviços englobam? Tipicamente, incluem monitoramento contínuo de redes e ambientes (Security Operations Center – SOC 24×7), detecção e resposta a incidentes, gestão de vulnerabilidades e atualizações, proteção contra malware e ataques (firewall, antivírus gerenciado), além de consultoria em compliance e treinamentos de conscientização.
O benefício estratégico de terceirizar a cibersegurança é a redução de riscos em escala empresarial – evita-se os danos financeiros e de imagem associados a brechas de dados. Em média, uma violação de dados no Brasil custa R$ 6,75 milhões para as empresas, valor que pode incluir perdas diretas e indiretas (multas, perda de clientes, paralisação do negócio).
Para setores como finanças e saúde, esse custo é ainda maior. Portanto, investir em prevenção e resposta rápida via um provedor especializado é uma decisão que protege o negócio no longo prazo. O benefício operacional é contar com especialistas altamente capacitados e atualizados, algo desafiador de manter internamente diante da escassez de profissionais de segurança no mercado.
Esses fornecedores empregam analistas e ferramentas de última geração (muitas vezes com uso de Inteligência Artificial e automação) para detectar ameaças em tempo real e mitigar incidentes antes que causem impacto grave. Dados da IBM mostram que empresas que utilizavam IA e automação em segurança tiveram prejuízo significativamente menor em casos de ataque, cerca de R$ 2,17 milhões, comparado às que não usavam essas tecnologias.
Ou seja, a expertise técnica se traduz em resultados concretos. Além disso, os serviços gerenciados de cibersegurança ajudam a empresa a manter conformidade regulatória, seguindo normas como a LGPD, e a realizar testes e auditorias periódicas de segurança.
Serviços de gerenciamento cloud
Grande parte da transformação digital nas empresas passa pela migração para a nuvem e pela adoção de ambientes híbridos e multicloud. Os serviços de gerenciamento cloud surgem para ajudar as organizações a tirar o máximo proveito dessas plataformas, cuidando da administração diária, otimização de custos e arquitetura adequada na nuvem.
Até o final de 2025, espera-se que 85% das empresas utilizem computação em nuvem de alguma forma– na verdade, muitas já operam com múltiplas nuvens (pública, privada, híbrida). Hoje, quase 90% das organizações globais adotam uma estratégia multi-cloud, distribuindo cargas de trabalho entre diferentes fornecedores.
Isso traz benefícios estratégicos como flexibilidade e escalabilidade quase ilimitadas. Entretanto, também impõe desafios operacionais: controlar custos, garantir performance consistente, gerenciar a complexidade de múltiplos ambientes e manter a segurança e conformidade em todos eles. É aqui que os serviços gerenciados de cloud fazem a diferença para grandes empresas.
Fornecedores especializados assumem tarefas como monitoramento de infraestrutura na nuvem, ajustes de capacidade (autoscaling), administração de bancos de dados e middleware, backup e recuperação, além de implementar políticas de FinOps (otimização financeira da nuvem). Essa atuação resulta em redução de desperdícios e custos: estimativas indicam que, sem governança, cerca de 30% do gasto em nuvem é desperdiçado em recursos não utilizados ou superdimensionados.
Com gestão adequada, esse desperdício pode ser recuperado e reinvestido. Do ponto de vista estratégico, os serviços gerenciados de cloud permitem que a empresa acelere a inovação – por exemplo, lançando aplicações globais rapidamente, usando serviços avançados de IA ou Big Data na nuvem com suporte do provedor – enquanto a equipe interna foca na lógica de negócio. Benchmarks de mercado mostram o rápido crescimento dessa modalidade: o mercado global de serviços gerenciados em nuvem cresce a aproximadamente 16% ao ano até 2028, refletindo a prioridade dada pelas empresas em buscar ajuda externa para gerir ambientes cada vez mais complexos.
Para uma grande empresa que já tenha dezenas de sistemas na nuvem, contar com um parceiro de gerenciamento cloud significa garantir alta disponibilidade (minimizando downtime de aplicações críticas), otimização contínua de recursos e acesso a expertise de arquitetos cloud certificados que podem desenhar soluções sob medida. Isso se traduz em vantagem competitiva, pois a empresa ganha agilidade para lançar novos produtos digitais e resiliência operacional – sem ficar presa a limitações de infraestrutura.
Serviços de sustentação de infraestrutura
Por fim, os serviços de sustentação de infraestrutura cobrem a base tecnológica de toda grande corporação: trata-se da gestão e manutenção contínua de servidores, data centers, bancos de dados, redes corporativas e todos os componentes que suportam os sistemas de informação. Enquanto os tópicos anteriores enfocam áreas específicas, a sustentação de infraestrutura é transversal e garante que “os bastidores” da TI estejam sempre funcionando.
O benefício estratégico aqui é manter a operação da empresa sempre disponível e confiável, o que protege receitas e a reputação da marca. Basta imaginar os prejuízos se sistemas de transações bancárias, plataformas de e-commerce ou linhas de produção industriais pararem devido a falhas de TI.
De acordo com o Gartner, o custo médio de uma hora de downtime (tempo de indisponibilidade) para empresas de médio e grande porte é de US$ 42 mil. Multiplicado por 87 horas de indisponibilidade em média ao ano, isso representa um potencial de US$ 3,65 milhões em perdas anuais apenas com paradas não planejadas. Ou seja, a confiabilidade da infraestrutura impacta diretamente o resultado financeiro.
Nos serviços gerenciados de infraestrutura, o fornecedor assume o monitoramento 24×7 de todos os ativos, executa rotinas de manutenção preventiva, aplica atualizações e correções (patches) de forma organizada e responde imediatamente a qualquer alerta de falha, muitas vezes antes mesmo que os usuários percebam.
O benefício operacional é claro: reduzir drasticamente a ocorrência de incidentes graves e, quando eles ocorrem, resolver no menor tempo possível. Além disso, essas equipes trazem know-how para otimizar a capacidade dos sistemas – por exemplo, ajustando configurações de banco de dados para melhorar desempenho ou redistribuindo cargas em servidores de forma eficiente.
As grandes empresas que optam por esse modelo conseguem elevar seus níveis de serviço: por exemplo, um ambiente de data center bem gerenciado atinge disponibilidade próxima de 99,99%, evitando interrupções em operações vitais. Outros ganhos incluem melhor planejamento de capacidade (evitando tanto sobrecarga quanto ociosidade de recursos) e aplicação de boas práticas de governança de TI alinhadas a frameworks como ITIL, o que aumenta a qualidade geral do ambiente.
Em termos de mercado, a terceirização da infraestrutura de TI é uma das mais comuns – faz parte dos 72% de serviços de TI que as empresas delegam externamente, justamente pela necessidade de especialistas dedicados e pelo alto custo de se manter internamente um time completo para todas as tecnologias envolvidas.
Os modelos de serviços gerenciados de TI apresentados – da consultoria estratégica ao suporte de infraestrutura – demonstram na prática como a terceirização qualificada eleva a competitividade, a eficiência e a segurança das operações. Ao adotar esses serviços, a empresa conquista não apenas redução de custos e melhoria de performance, mas também a agilidade para inovar e a resiliência para enfrentar riscos (como ameaças cibernéticas ou picos de demanda) com o apoio de especialistas.
Em suma, tratar a TI como serviço é uma decisão assertiva que libera a organização para focar no seu core business, enquanto a tecnologia – sob gestão experiente – impulsiona novos patamares de resultado. Se a sua empresa busca dar esse próximo passo, entre em contato com a Faiston e descubra como esses serviços podem ser implementados sob medida para alavancar a eficiência e a segurança do seu negócio.