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Migração para nuvem: saiba como migrar com segurança

De acordo com um relatório da Deloitte, 88% das organizações consideram a computação em nuvem fundamental para manter a competitividade no mercado. Nossa análise sobre migração para nuvem revela que 80% das cargas de trabalho estarão na nuvem nos próximos três anos, segundo pesquisas da Accenture.

No entanto, os desafios são significativos. Dados mostram que 86% das violações em ambientes de nuvem ocorreram devido a configurações incorretas em 2019, enquanto 30% dos CIOs admitem que a segurança não foi considerada nas discussões iniciais de migração. Além disso, observamos que 82% das empresas aumentaram seus investimentos em segurança no último ano.

Neste guia completo, vamos explorar as melhores práticas de segurança para empresas brasileiras que planejam sua migração para a nuvem em 2025. Apresentaremos estratégias práticas, considerando que quase 90% dos gastos com nuvem são direcionados para ambientes públicos ou híbridos, e 40% das cargas de trabalho operam em múltiplas nuvens.

Panorama da segurança na nuvem no Brasil

O mercado brasileiro de computação em nuvem apresenta um crescimento significativo em 2025, com investimentos totais projetados para alcançar R$ 4,1 bilhões, representando um aumento de 21% em comparação com 2024. Adicionalmente, 90% das empresas brasileiras adotarão abordagens de nuvem híbrida até 2027, principalmente devido à expansão da inteligência artificial.

No cenário atual, 78% das organizações optam por estratégias híbridas e multicloud, sendo que 43% utilizam nuvem híbrida com infraestrutura local, enquanto 35% implementam estratégias multicloud. Este movimento reflete a maturidade do mercado brasileiro na adoção de tecnologias em nuvem, com foco especial em segurança e conformidade.

Os principais provedores de serviços em nuvem no Brasil oferecem soluções específicas para o mercado local. As ofertas de infraestrutura e plataforma em nuvem (CIPS) devem crescer 24,2% em 2025, atingindo R$1,7 bilhão. Notavelmente, 72% dos gastos com TI serão direcionados para IaaS e PaaS, superando os 70% registrados em 2022.

Em relação aos investimentos em segurança, 61% das empresas planejam aumentar seus orçamentos nos próximos 12 meses. Este incremento é motivado pela necessidade de proteger informações confidenciais e atender aos padrões regulatórios. Ademais, 96% das organizações expressam preocupação moderada ou extrema com a segurança na nuvem.

As tendências tecnológicas para 2025 incluem a nuvem distribuída, que permite melhor desempenho e tempo de resposta das aplicações. Simultaneamente, as plataformas nativas da nuvem ganham destaque por oferecerem escalabilidade e eficiência na criação e gerenciamento de aplicações modernas.

A automação impulsionada por inteligência artificial também se destaca como tendência fundamental, otimizando fluxos de trabalho e processos na nuvem. Paralelamente, a sustentabilidade ganha relevância com a adoção crescente da Green Cloud, que visa reduzir o impacto ambiental das operações em nuvem.

Os desafios persistentes incluem questões de segurança e conformidade (56%), além de barreiras técnicas (52%) e restrições de recursos (49%). A escassez de profissionais qualificados também preocupa o setor, com 93% das organizações manifestando apreensão quanto à falta de especialistas em nuvem.

No âmbito da governança de dados, a LGPD continua influenciando as estratégias de segurança, exigindo medidas como criptografia avançada e autenticação multifator. Portanto, 95% das empresas consideram que uma plataforma unificada de segurança na nuvem seria fundamental para garantir proteção consistente dos dados.

Arquitetura de segurança para migração

A arquitetura de segurança para migração na nuvem requer uma abordagem estruturada que considere múltiplos aspectos técnicos e operacionais. Os modelos de referência multi-cloud estabelecem uma base sólida para garantir a proteção dos dados durante todo o processo de migração, com 77% das empresas adotando uma estratégia híbrida.

No contexto brasileiro, a implementação de uma arquitetura segura começa com a avaliação dos componentes fundamentais. Inicialmente, é necessário estabelecer controles preventivos robustos para bloquear acessos não autorizados aos sistemas e dados sensíveis. Adicionalmente, os controles de detecção devem ser configurados para identificar e alertar sobre atividades suspeitas através de monitoramento contínuo.

A estrutura de segurança multicloud moderna incorpora elementos essenciais como criptografia avançada, gerenciamento de identidades e controle de acesso. Os data centers modernos implementam múltiplas camadas de proteção, desde a infraestrutura física até os sistemas virtualizados. Além disso, a virtualização desempenha papel fundamental, permitindo o isolamento seguro de recursos entre diferentes ambientes.

Para garantir a eficácia da proteção, as organizações precisam implementar um framework de governança que abranja políticas, processos e responsabilidades claramente definidas. Este framework deve incluir controles automatizados para responder a atualizações de segurança críticas e regulares.

O monitoramento em tempo real tornou-se indispensável, com 96% das organizações expressando preocupação significativa com a segurança na nuvem. A implementação de ferramentas SIEM (Security Information and Event Management) possibilita a correlação de dados de registro em múltiplas plataformas.

A arquitetura deve contemplar também a separação de tarefas e o princípio do privilégio mínimo, garantindo que os usuários tenham apenas os acessos necessários para suas funções. Paralelamente, a implementação de zonas de segurança e firewalls next-generation proporciona proteção adicional contra ameaças avançadas.

Os componentes essenciais incluem ainda sistemas de backup automatizado, recuperação de desastres e continuidade de negócios. A redundância de dados e sistemas críticos deve ser implementada em diferentes regiões geográficas para garantir alta disponibilidade. Ademais, a arquitetura precisa suportar a integração com ferramentas de análise de vulnerabilidades e testes de penetração regulares.

Implementação de controles técnicos

No cenário atual de segurança na nuvem, a implementação de controles técnicos tornou-se um pilar fundamental para proteger dados e sistemas. As organizações brasileiras investem significativamente em criptografia avançada, com 84% das empresas utilizando serviços em nuvem em 2022.

A gestão eficaz de chaves criptográficas representa uma prioridade, principalmente considerando que 95% das violações de dados podem ser evitadas com automação de segurança adequada. As empresas implementam soluções como Hardware Security Modules (HSMs) e Key Management Services (KMS) para garantir o controle total sobre suas chaves. Adicionalmente, a criptografia em múltiplas camadas protege dados em repouso e em trânsito, utilizando algoritmos AES-256 para máxima segurança.

O monitoramento em tempo real evolui com a integração de tecnologias avançadas. As organizações implementam sistemas que analisam continuamente eventos de segurança, identificando anomalias e respondendo automaticamente a ameaças. Este monitoramento contínuo permite detectar e responder rapidamente a incidentes, reduzindo o tempo médio de detecção em até 200 dias.

A automação de segurança transforma-se em um diferencial competitivo, com um retorno sobre investimento de 668% em três anos. As ferramentas automatizadas realizam verificações contínuas do ambiente, notificando sobre alterações que violam políticas de segurança estabelecidas.

A integração de inteligência artificial na automação de segurança permite análise avançada de dados e detecção proativa de ameaças. As empresas utilizam algoritmos de detecção de anomalias baseados em IA para identificar e responder a ameaças desconhecidas, complementando as medidas tradicionais de segurança.

Governança e compliance na prática

A implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) transformou significativamente o cenário de governança em nuvem no Brasil. Atualmente, mais de um terço dos ambientes de nuvem estão criticamente expostos a vulnerabilidades, evidenciando a necessidade de práticas robustas de compliance.

No âmbito da LGPD, as organizações precisam garantir a transparência no uso dos dados pessoais sob qualquer meio. Os dados mostram que 34% das corporações têm processos de monitoramento financeiro e governança dos custos na nuvem totalmente ou parcialmente implementados. Além disso, apenas 22% das empresas utilizam ferramentas de mercado para FinOps.

A conformidade com a LGPD exige medidas técnicas e administrativas específicas. As empresas devem implementar controles para proteger dados pessoais contra acessos não autorizados, com 82% das violações empresariais originando-se de erros humanos. Paralelamente, a gestão de consentimento tornou-se fundamental, exigindo que as organizações obtenham autorização explícita para o processamento de dados pessoais.

Na prática, as políticas de acesso e identidade devem seguir o modelo de confiança zero, onde nenhum usuário ou dispositivo é considerado confiável por padrão. Este modelo requer autenticação e autorização rigorosas, validação de contexto e concessão de acesso baseada no princípio do menor privilégio.

As organizações precisam estabelecer processos claros para o gerenciamento de identidades. Os dados indicam que 77% das empresas planejam usar a nuvem até 2029, tornando essencial a implementação de controles de acesso granulares. Adicionalmente, 87% das organizações consideram a migração para nuvem fundamental para aumentar receitas.

O monitoramento contínuo e as auditorias regulares são componentes essenciais da governança. As empresas devem manter registros detalhados de todas as atividades, incluindo acessos, incidentes e eventos cibernéticos. A documentação adequada e a prestação de contas são fundamentais para demonstrar conformidade com a LGPD e outras regulamentações aplicáveis.

Em suma, a evolução do monitoramento em tempo real e a automação de segurança representam um avanço significativo na proteção das organizações contra ameaças cibernéticas. A aplicação de tecnologias avançadas, como a inteligência artificial, permite uma resposta mais rápida e eficaz a incidentes, enquanto a conformidade com a LGPD e a implementação de práticas robustas de governança e compliance são cruciais para a manutenção da segurança dos dados. As organizações que adotam um modelo de confiança zero e investem em controles de acesso granulares estão melhor preparadas para enfrentar os desafios do ambiente digital moderno, garantindo não apenas a proteção de suas informações, mas também a confiança e a satisfação de seus clientes. Os especialistas da Faiston estão prontos para ajudar na sua jornada para a nuvem.


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