Como maximizar o ROI com outsourcing de TI

Empresas brasileiras enfrentam hoje um cenário desafiador, marcado pela pressão contínua por redução de custos e pela necessidade de fazer mais com menos recursos. A otimização de despesas tornou-se uma prioridade estratégica e, ao mesmo tempo, o déficit de talentos qualificados em TI atingiu níveis críticos – projeta-se que faltem 530 mil profissionais de TI no Brasil atualmente.
Essa escassez de mão de obra especializada dificulta a execução de projetos internos e eleva salários, aumentando os custos para as empresas. Paralelamente, a complexidade tecnológica cresce exponencialmente. A transformação digital e a adoção de ferramentas avançadas (como big data, computação em nuvem e inteligência artificial) tornaram a infraestrutura de TI muito mais intrincada.
Hoje é necessário integrar sistemas, atualizar plataformas continuamente e gerenciar arquiteturas multiplataforma. Muitos negócios já não conseguem manter o mesmo nível de excelência apenas com equipes e recursos internos, dada a crescente complexidade do ambiente digital.
Diante desse quadro – pressão por redução de custos, falta de talentos em TI e tecnologia cada vez mais complexa – o outsourcing de TI (terceirização de serviços de tecnologia) ganhou destaque como alternativa estratégica. Nos próximos tópicos, exploraremos o que é exatamente o outsourcing de TI, por que empresas brasileiras estão adotando essa prática e, principalmente, como maximizar o retorno sobre o investimento (ROI) ao terceirizar funções de TI.
O que é outsourcing de TI e por que empresas brasileiras o adotam
Outsourcing de TI é a prática de terceirizar serviços e processos de Tecnologia da Informação para parceiros ou fornecedores especializados. Em vez de manter internamente todas as atividades de TI – como desenvolvimento de software, suporte técnico, gestão de infraestrutura e segurança – a empresa contrata um provedor externo para assumir essas responsabilidades.
O objetivo central do outsourcing de TI é melhorar a eficiência operacional, reduzir custos e garantir acesso a tecnologias de ponta e expertise especializada, alinhando a TI às necessidades do negócio. Trata-se de delegar a terceiros as funções tecnológicas que não constituem o core business da empresa, permitindo que a organização foque no que é realmente estratégico.
No Brasil, a terceirização de TI tem ganhado tração rapidamente, acompanhando uma tendência global. Várias razões explicam por que tantas empresas brasileiras – de diversos portes e setores – vêm adotando o outsourcing de TI:
Redução de custos: Historicamente, cortar gastos é uma das principais motivações para terceirizar. Ao contratar um provedor externo, a empresa pode converter despesas fixas em variáveis e evitar investimentos pesados em infraestrutura e contratação de pessoal. Estudos mostram que a terceirização pode reduzir custos operacionais em até 30% em média, graças à economia de escala e à eficiência dos fornecedores especializados. Esse potencial de economia é especialmente atraente em períodos de ajuste orçamentário. Não por acaso, 88,9% das empresas que terceirizam o fazem visando redução de custos, segundo dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Escassez de talentos e acesso a especialistas: Há uma falta significativa de profissionais qualificados de TI no mercado brasileiro. Contratar e reter talentos sêniores em áreas como desenvolvimento de software, ciência de dados ou cibersegurança tornou-se difícil e caro.
O outsourcing permite contornar esse gargalo ao dar acesso imediato a equipes experientes e multidisciplinares disponibilizadas pelo parceiro. Por exemplo, um provedor de outsourcing consegue alocar rapidamente desenvolvedores, engenheiros de dados ou especialistas em nuvem que seriam difíceis de recrutar internamente.
Assim, a empresa pode aproveitar expertise de alto nível sob demanda, sem precisar disputar escassos profissionais no mercado. Esse acesso a mão de obra qualificada melhora a qualidade das soluções entregues e mitiga riscos de atrasos por falta de pessoal capacitado.
Complexidade tecnológica e necessidade de inovação: Na medida em que a TI corporativa evoluiu, tornou-se mais complexo gerenciar todo o ecossistema tecnológico internamente. Hoje, iniciativas de transformação digital exigem competências variadas – de inteligência artificial a DevOps, de análise de big data a segurança cibernética.
Fornecedores de outsourcing de TI se especializam nessas tecnologias de ponta e mantêm equipes atualizadas, podendo entregar soluções modernas de forma ágil. Muitos negócios não conseguem manter internamente o mesmo nível de excelência técnica, especialmente em novas tecnologias, o que impulsiona a migração para serviços de outsourcing de TI.
Terceirizar torna-se, assim, uma decisão estratégica para inovar e acompanhar a evolução tecnológica, evitando que a empresa fique para trás em competitividade.
Foco no core business e produtividade: Ao terceirizar atividades de TI que dão suporte ao negócio (mas não são o negócio em si), a empresa consegue redirecionar sua equipe interna para projetos estratégicos.
As horas antes gastas lidando com problemas de infraestrutura, suporte ou tarefas de baixa inovação podem ser realocadas para iniciativas que agregam valor direto aos produtos e clientes. Essa reorientação eleva a produtividade e a agilidade organizacional. Uma pesquisa da Gartner apontou que 65% das empresas que terceirizam reportam maior capacidade de focar em suas atividades principais, o que se traduz em melhores resultados no core business.
Flexibilidade e escalabilidade: Outra vantagem importante é a possibilidade de ajustar rapidamente a capacidade de TI conforme a demanda. Se a empresa precisa acelerar um projeto ou lidar com um pico de trabalho, o fornecedor de outsourcing pode escalar equipes e recursos de TI de forma ágil, sem burocracia de contratação. Da mesma forma, em momentos de retração, é possível reduzir o escopo contratado. Essa elasticidade evita tanto ociosidade de recursos quanto gargalos de capacidade, contribuindo para eficiência de custos e velocidade de entrega.
Todas essas razões explicam por que a terceirização se tornou comum. Para se ter ideia, cerca de 67% das empresas brasileiras terceirizam pelo menos parte de suas atividades (considerando todos os setores).
No contexto específico de TI, um levantamento do CGI.br mostrou que 60% das pequenas, 63% das médias e 67% das grandes empresas no Brasil já aderem à terceirização de infraestrutura ou serviços de TI em alguma medida. Ou seja, não são apenas gigantes globais que terceirizam – a prática está difundida em organizações de todos os portes. Em nível global, os números também impressionam: 92% das 2000 maiores empresas do mundo (ranking Forbes Global 2000) utilizam soluções externas de TI, e os gastos mundiais com outsourcing de TI ultrapassaram US$ 519 bilhões em 2023, um salto de 22% em relação a 2019.
Esses dados evidenciam que o outsourcing de TI virou um padrão de mercado para ganhar agilidade, reduzir custos e acessar competências especializadas.
Estratégias para maximizar o ROI com outsourcing de TI
Conseguir um alto retorno sobre o investimento ao terceirizar TI não acontece automaticamente. Exige planejamento cuidadoso, seleção criteriosa de parceiros e uma gestão ativa dessa parceria. A seguir, apresentamos estratégias práticas – aplicadas antes e durante o contrato de outsourcing – que permitem extrair o máximo valor e evitar armadilhas comuns. São abordagens comprovadas que ajudam a garantir que cada real investido em serviços terceirizados gere retorno em forma de eficiência, economia ou inovação para o negócio.
Defina claramente o escopo e os objetivos do outsourcing
O primeiro passo para obter ROI elevado é estabelecer um escopo bem definido para o outsourcing de TI, alinhado aos objetivos estratégicos da empresa. Antes de fechar qualquer contrato, é fundamental mapear exatamente quais atividades serão terceirizadas, quais resultados se esperam alcançar e quais indicadores medirão o sucesso.
Essa definição clara evita mal-entendidos com o fornecedor e mantém o projeto focado no que realmente importa. Por exemplo, se o objetivo principal é reduzir custos de suporte de TI em 20% ao ano, isso deve estar explícito desde o início, com o escopo cobrindo o atendimento de help desk e manutenção corretiva, por exemplo. Da mesma forma, se a motivação é acelerar a entrega de software, deve-se delimitar quais sistemas ou projetos serão desenvolvidos externamente, em quais prazos e padrões de qualidade. Escopos genéricos ou indefinidos são receita para problemas – pode haver expectativas não atendidas, retrabalho e custos extras, minando o ROI.
Portanto, invista tempo na fase inicial para desenhar um plano de terceirização detalhado, especificando entregáveis, prazos, níveis de serviço esperados e como essas entregas se conectam aos objetivos de negócio (redução de custo, ganho de eficiência, etc.). Envolva as partes interessadas internas (TI, usuários-chave, financeiro) nesse alinhamento inicial.
Um escopo bem delimitado serve como referência para acompanhar o projeto e facilita a cobrança de resultados do parceiro, aumentando as chances de retorno efetivo. Além disso, contratos de outsourcing devem conter cláusulas claras de nível de serviço (SLAs) para cada elemento crítico. Defina indicadores mensuráveis – por exemplo, tempo de resposta do suporte, disponibilidade do sistema, taxa de resolução de chamados no prazo – e metas mínimas que o provedor deve cumprir. Esses SLAs vinculados a multas ou bonificações criam incentivos para a performance alinhada ao ROI desejado.
Escolha um parceiro altamente especializado e confiável
A fase de seleção do parceiro de outsourcing é talvez a mais crítica para o sucesso do investimento. Os resultados que sua empresa obterá estão diretamente ligados à competência, experiência e comprometimento do fornecedor contratado. Por isso, escolher bem o parceiro é uma estratégia indispensável para maximizar o ROI.
Alguns cuidados na seleção incluem: avaliar a reputação e histórico da empresa de outsourcing no mercado; verificar cases de sucesso e depoimentos de outros clientes, especialmente em projetos similares ao seu; checar certificações de qualidade, segurança da informação e competências técnicas do time; e analisar a saúde financeira e estrutura do fornecedor (para garantir continuidade no longo prazo).
Dê preferência a parceiros que demonstrem conhecimento profundo no domínio tecnológico necessário (por exemplo, especialistas em nuvem, se você for terceirizar infraestrutura em nuvem) e que compreendam o setor de atuação do seu negócio. Uma pesquisa da Deloitte mostrou que 92% das empresas que mantêm parcerias de terceirização bem-sucedidas adotaram critérios rigorosos na escolha do parceiro, considerando fatores como qualidade dos serviços, capacidade de inovação, alinhamento cultural e reputação do fornecedor.
Ou seja, empresas que selecionam com critério colhem melhores resultados. No contexto brasileiro, isso significa buscar provedores de outsourcing de TI que tenham atuação consolidada, conhecimento do mercado local (legislação, idioma, cultura de negócios) e capacidade de fornecer suporte próximo e personalizado. Outro ponto importante é avaliar a especialização do parceiro. Outsourcing também significa especialização – quanto mais o provedor for especialista naquela função, maior tende a ser o ganho para sua empresa.
Verifique se a empresa de outsourcing possui equipes altamente qualificadas na área que você precisa (por exemplo, uma fábrica de software com desenvolvedores sêniores em determinada tecnologia, ou um NOC/SOC com especialistas certificados em segurança) e se mantém programas de atualização contínua de seus profissionais. Isso garantirá acesso a know-how de ponta, o que pode alavancar a inovação e eficiência dentro do seu contrato, elevando o ROI.
Por fim, valorize a compatibilidade de valores e cultura. O parceiro ideal deve atuar quase como uma extensão da sua equipe, compartilhando princípios de qualidade, ética e foco no cliente. Assim, a colaboração fluirá melhor e reduzirá problemas de comunicação ou divergência de expectativas. Investir tempo numa avaliação 360º do fornecedor antes da contratação pode evitar enormes prejuízos depois. Lembre-se: um parceiro de outsourcing inadequado pode anular os ganhos esperados, enquanto o parceiro certo potencializa o retorno do investimento em TI terceirizada.
Gerencie ativamente o contrato e os SLAs para garantir qualidade
Contratar o outsourcing não significa “tirar o time de campo” na gestão de TI. Pelo contrário, a boa gestão do contrato e dos níveis de serviço (SLAs) é o que assegura que os benefícios planejados se concretizem e que eventuais problemas sejam corrigidos prontamente, preservando o ROI.
Estudos evidenciam que a falta de acompanhamento pode comprometer seriamente os resultados: um relatório do IBGE mostrou que cerca de 30% das empresas que terceirizam não obtêm a eficiência esperada justamente por deficiência de controle e supervisão sobre os terceiros. Ou seja, um contrato de outsourcing sem gestão efetiva pode descarrilar – custos podem sair do controle, o desempenho pode cair e as metas de ROI ficam ameaçadas.
Para evitar isso, é fundamental estabelecer mecanismos de governança do contrato. Designe responsáveis internos para acompanhar o relacionamento com o fornecedor, revisar relatórios mensais de desempenho e realizar reuniões de acompanhamento periódicas. Monitore de perto os indicadores de SLA acordados: tempos de resposta, disponibilidade de sistemas, taxas de erros, satisfação dos usuários, etc.
Se o prestador não estiver atendendo a algum requisito, aplique as medidas previstas em contrato (descontos, planos de ação, reforço de equipe) o quanto antes, antes que o problema se torne crônico. Também é recomendável manter um canal de comunicação aberto e transparente com o fornecedor. Tenha pontos focais definidos de ambos os lados para resolução ágil de incidentes e dúvidas.
Documente formalmente mudanças de escopo ou solicitações extras, para controle de custos. Gerenciar ativamente o escopo evita a tentação do scope creep, quando o fornecedor passa a executar tarefas fora do contrato (gerando cobranças adicionais) sem que haja avaliação de custo-benefício. Cada nova demanda deve ser avaliada: isso é realmente necessário? Há orçamento? Qual o retorno?
Além disso, promova a integração do time terceirizado com a equipe interna, sempre que possível. Se o provedor atua alocado (modelo in-house), trate os profissionais terceirizados como parte do time, incluindo-os em reuniões e alinhamentos gerais. Isso melhora a comunicação e o entendimento do negócio, refletindo em entregas mais alinhadas e menos retrabalho.
Por fim, fique atento à qualidade do serviço entregue. Um dos riscos do outsourcing é a potencial queda na qualidade ou no controle sobre o trabalho realizado por terceiros. Uma pesquisa da ABRAFAC indicou que cerca de 40% das empresas enfrentam dificuldades em manter o nível de qualidade desejado ao terceirizar serviços.
Esse dado reforça a importância de não abdicar do controle. Realize auditorias periódicas, seja via revisão de código (no caso de desenvolvimento), testes de segurança independentes, ou pesquisas de satisfação junto aos usuários finais do serviço terceirizado. O objetivo é garantir que o fornecedor esteja cumprindo os padrões de excelência acordados. Com uma gestão firme e colaborativa, você assegura que o projeto de outsourcing continue nos trilhos e gere os benefícios esperados, maximizando o retorno sobre o investimento ao longo do tempo do contrato.
Alinhe o outsourcing aos objetivos de negócio e expectativas dos stakeholders
Outra estratégia-chave para maximizar o ROI é manter o outsourcing de TI totalmente alinhado aos objetivos de negócio da empresa. Isso pode parecer óbvio, mas muitas implementações de terceirização falham por se tornarem iniciativas isoladas da estratégia corporativa. Quando há desalinhamento, as atividades terceirizadas não contribuem efetivamente para o que a empresa mais valoriza, e o ROI percebido acaba baixo.
Pior: desalinhamentos podem afetar a satisfação de clientes finais ou de áreas usuárias internas. De acordo com um estudo, empresas que terceirizam partes significativas sem um alinhamento claro veem o índice de satisfação de seus clientes cair justamente pela divergência entre as expectativas da contratante e a execução dos terceirizados.
Isso ilustra o perigo de não integrar bem o provedor na visão e metas do negócio. Para evitar esse cenário, desde o planejamento do outsourcing envolva os stakeholders-chave da empresa (alta gestão, líderes das áreas impactadas, etc.) na definição das metas e critérios de sucesso. Por exemplo, se o objetivo da empresa é melhorar a experiência do cliente, e o outsourcing inclui o suporte de TI, então métricas de satisfação do usuário final devem ser incorporadas como indicador de sucesso do contrato. Se a meta corporativa é acelerar time-to-market de novos produtos, e parte do desenvolvimento foi terceirizada, então é fundamental alinhar prazos de entrega agressivos e metodologias ágeis com o parceiro de TI.
O fornecedor precisa compreender o contexto do negócio: quais são os pontos críticos, quais serviços são mais sensíveis, quais padrões de compliance e segurança devem ser seguidos (por exemplo, normas da LGPD, exigências do setor financeiro ou de saúde, etc.).
Promova também a transparência entre as partes. Compartilhe com o parceiro de outsourcing a visão estratégica da empresa e como o trabalho dele impacta essa visão. Estabeleça acordos de nível de negócio (não apenas técnicos), por exemplo: “este projeto terceirizado deve reduzir em X dias o ciclo de vendas” ou “espera-se que o tempo de resposta ao cliente final melhore em Y% graças a esse outsourcing”. Esse tipo de alinhamento garante que todos estejam remando na mesma direção.
Adicionalmente, envolva o fornecedor em momentos de planejamento e feedback. Se sua empresa faz ciclos trimestrais de planejamento de TI, inclua a participação dos gerentes do provedor para ouvir as prioridades e desafios de negócio, e juntos encontrarem soluções.
Um parceiro bem alinhado pode sugerir inovações e melhorias proativas que aumentem ainda mais o retorno – por exemplo, adoção de uma nova ferramenta mais eficiente, automação de um processo manual, etc., sintonizadas com os objetivos corporativos. Por fim, gerencie as expectativas de ambos os lados. Tudo que for crítico deve estar documentado: se a alta direção espera economizar R$ 1 milhão ao ano com o outsourcing, esse target precisa ser realista e negociado no contrato.
Se o fornecedor espera ter decisões rápidas do cliente para operar bem, defina um processo de aprovação ágil. Quando expectativas são gerenciadas de forma madura e alinhada, a colaboração tende a ser mais harmoniosa e focada em resultados, elevando o ROI e evitando surpresas desagradáveis.
Aproveite a automação e a inovação proporcionadas pelo outsourcing
Para maximizar o retorno, as empresas devem explorar todo o potencial de automação e inovação tecnológica que um bom outsourcing de TI pode oferecer. Muitos fornecedores trazem consigo ferramentas avançadas, metodologias atualizadas e conhecimentos de vanguarda que a empresa contratante talvez não possuísse internamente. Incorporar essas inovações aos processos é uma forma poderosa de ampliar os ganhos do contrato.
Um exemplo claro é a automação de processos repetitivos. Fornecedores de outsourcing frequentemente implementam soluções de RPA (Robotic Process Automation), scripts de monitoramento ou plataformas de gerenciamento automatizado que agilizam tarefas antes manuais. Isso pode reduzir drasticamente erros e tempos de execução. Imagine que o parceiro de outsourcing assuma a operação de infraestrutura e introduza ferramentas de Infrastructure as Code ou de auto-scaling na nuvem: a TI da empresa passa a ser mais elástica e eficiente, reduzindo custos de capacidade ociosa e evitando downtime.
Da mesma forma, um outsourcing de suporte de TI pode trazer chatbots com IA generativa para atendimento de primeiro nível, resolvendo dúvidas comuns de usuários de forma automática 24/7, aliviando a carga sobre atendentes humanos. Essas automações incrementam o ROI ao elevar a produtividade e a qualidade sem aumentar proporcionalmente os custos. Em 2023 e 2024, vimos uma explosão de soluções baseadas em inteligência artificial e aprendizado de máquina que estão sendo incorporadas a serviços terceirizados. Essas tecnologias têm potencial de ganhos exponenciais de eficiência.
Portanto, para maximizar seu ROI, incentive o parceiro de outsourcing a inovar. Esteja aberto a novas propostas de ferramentas, frameworks e otimizações de processos que ele possa sugerir. Muitas vezes, os contratos podem incluir cláusulas de inovação contínua ou roadmaps tecnológicos. Lembre-se de que um bom provedor busca entregar valor e destacar resultados (até para manter o contrato), então aproveite essa motivação. Seja adotando computação em nuvem, migrando sistemas legados para arquiteturas modernas, automatizando fluxos de trabalho ou implementando análises avançadas de dados, a inovação impulsionada pelo outsourcing tende a gerar retornos incrementais além do básico esperado.
Entretanto, avalie sempre o custo-benefício das novas implementações. Nem toda novidade será adequada ao seu contexto. Priorize aquelas que tenham impacto mensurável em eficiência, custo ou receita. Com um olhar criterioso, a empresa pode colher os frutos da inovação do parceiro, obtendo vantagem competitiva e justificando o investimento. Em resumo: faça do parceiro de outsourcing um aliado na jornada de transformação digital – essa sinergia certamente elevará o ROI muito além do que uma simples terceirização tradicional alcançaria.
Utilize indicadores e KPIs para medir resultados continuamente
Não se pode melhorar o que não se mede – esse ditado é especialmente válido quando se trata de maximizar ROI em outsourcing de TI. Uma estratégia essencial é estabelecer e acompanhar um conjunto de indicadores de desempenho (KPIs) que permitam avaliar, de forma objetiva, se o outsourcing está gerando os benefícios esperados. Ter métricas claras e acordadas com o fornecedor cria transparência e responsabilidade, direcionando ambas as partes para a melhoria contínua.
Alguns KPIs típicos a serem monitorados incluem: disponibilidade dos sistemas sob gestão terceirizada (uptime), tempo médio de resolução de incidentes (MTTR), número de falhas ou incidentes por período, satisfação dos usuários finais (através de surveys pós-atendimento, por exemplo) e economia financeira alcançada em comparação a antes da terceirização. No caso de desenvolvimento de software terceirizado, métricas como cumprimento de prazos de entrega, densidade de bugs por funcionalidade ou velocidade de implantação (deployments) podem ser relevantes.
Se o foco é suporte e operações, KPIs de taxa de resolução no primeiro contato ou adesão às janelas de manutenção planejada podem ser úteis. É indispensável definir essas métricas já no início do contrato e colocá-las no acordo de nível de serviço. Por exemplo, um compromisso de manter 99,5% de uptime mensal, resolver 90% dos chamados em até 4 horas, ou reduzir em X% as paradas não planejadas em 6 meses.
Essas metas mensuráveis vão guiar o trabalho do fornecedor e permitir avaliar o ROI. Conforme recomendado por especialistas, acompanhar KPIs é fundamental para mensurar o retorno dos serviços terceirizados de TI. Algumas das principais métricas a monitorar são exatamente desempenho dos sistemas, disponibilidade, tempos de resposta e frequência de incidentes, pois elas mostram se a operação está mais estável e eficiente do que antes.
A mensuração contínua traz vários benefícios. Primeiro, quantifica o ROI: você consegue traduzir melhorias em números – por exemplo, “a disponibilidade do e-commerce subiu de 97% para 99,8% após outsourcing, evitando um prejuízo estimado de R$ Y em vendas perdidas, logo o ROI é positivo”. Ou “o custo por ticket de suporte caiu 25%, economizando R$ X mil por mês”. Esses dados ajudam a justificar a terceirização perante a diretoria com fatos concretos.
Segundo, os KPIs permitem identificar áreas de ajuste. Se alguma métrica fica abaixo da meta (digamos, tempo de resolução médio pior que o esperado), isso acende um alerta para investigar a causa e cobrar melhorias do fornecedor – antes que isso se torne um impacto financeiro maior ou gere insatisfação interna. Adicionalmente, considere não apenas indicadores técnicos, mas também indicadores de negócio ligados ao outsourcing. Por exemplo: tempo de comercialização de um produto novo (se parte do desenvolvimento é terceirizado), nível de atendimento a clientes (se o service desk é terceirizado, a experiência do cliente final melhorou?), e assim por diante.
Esses indicadores “de negócio” capturam o valor real que o outsourcing entrega para a estratégia da empresa, complementando os KPIs operacionais. Por fim, implemente rotinas formais de relatório e revisão desses indicadores – mensalmente ou trimestralmente.
Dados e benchmarks recentes sobre ROI do outsourcing de TI
Diversos estudos e casos práticos recentes têm demonstrado os retornos concretos que empresas – especialmente no Brasil – vêm obtendo ao adotar o outsourcing de TI de forma estratégica. Abaixo, resumimos alguns dados e benchmarks que ilustram os resultados alcançados e reforçam os pontos discutidos:
Redução significativa de custos: A consultoria McKinsey apontou que empresas que adotam terceirização conseguem reduzir seus custos operacionais em até 30%. Esse porcentual, observado em escala global, se traduz em economias substanciais nos orçamentos de TI e operação, liberando capital para reinvestir em inovação.
No Brasil, onde a otimização de custos é prioridade número um para muitos gestores de TI, essa economia potencial de dois dígitos explica por que o outsourcing é visto como ferramenta de alívio financeiro imediato.
Ganho de produtividade e eficiência operacional: Uma pesquisa conduzida pela Universidade de São Paulo (USP) revelou que empresas que adotam a terceirização de atividades podem experimentar um aumento de até 15% na produtividade de suas equipes internas, graças à especialização e foco dos fornecedores terceirizados.
Ou seja, ao trazer especialistas externos para cuidar de certas funções, a operação flui melhor e a produção global cresce. Outro levantamento, da Associação Brasileira de Facilities (ABRAFAC), indicou que 78% das empresas que terceirizam serviços relatam aumento na produtividade e redução de custos operacionais simultaneamente.
Esse dado mostra que, na maioria dos casos, a terceirização bem conduzida atinge o duplo objetivo de fazer mais (maior eficiência) com menos (menor gasto), impulsionando diretamente o ROI.
Melhoria na eficácia e qualidade dos serviços: Internacionalmente, 64% das empresas globais afirmam que o outsourcing contribui significativamente para a melhoria da eficácia operacional do negócio. Essa eficácia aprimorada pode se manifestar em menos erros nos processos, maior rapidez em entregas ou melhor atendimento aos clientes – todos fatores que impactam positivamente resultados financeiros.
No Brasil, um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 80% das empresas utilizam terceirização em algum setor e dedicam em média 18,6% de seus orçamentos a serviços terceirizados.
Isso reflete que as companhias brasileiras só mantêm um investimento dessa magnitude em outsourcing porque estão vendo retorno – seja em forma de qualidade superior ou ganhos de competitividade que compensam o gasto. Vale lembrar também que, conforme citado, empresas que escolheram bons parceiros colhem frutos: uma pesquisa da Deloitte registrou índices elevados de sucesso quando há critérios rigorosos na seleção e gestão do parceiro (por exemplo, 92% relatam colaborações eficazes quando há alinhamento de expectativas e acompanhamento próximo).
Tendência de crescimento do outsourcing como estratégia: Os benchmarks de mercado também confirmam que a terceirização de TI continuará a ser alavanca de ROI nos próximos anos. Projeções apontam que o mercado global de outsourcing de TI deve crescer cerca de 5,5% ao ano até 2029, atingindo US$ 806 bilhões.
Esse crescimento se baseia justamente na expectativa de que as empresas continuarão buscando eficiência e especialização externas para melhorar seus resultados. Segundo a Brasscom, até 2025 haveria quase 800 mil vagas de TI no país – um número impossível de preencher sem ajuda de outsourcing e staff augmentation, que conectam a demanda das empresas à oferta global de talentos.
Os indicadores acima deixam claro que o outsourcing de TI se consolidou como estratégia de alto impacto para empresas que precisam manter a competitividade, controlar custos e inovar ao mesmo tempo. A lógica é simples: quem souber aproveitar bem essa ferramenta verá um ROI superior, quem ignorar pode ficar em desvantagem em relação aos concorrentes mais eficientes.
O cenário atual impõe desafios de controlar gastos, superar a escassez de talentos e lidar com a complexidade crescente das soluções digitais. Nesse contexto, a terceirização surge não apenas como uma resposta emergencial, mas como um caminho maduro para evoluir a área de TI das empresas brasileiras, transformando-a em um motor de competitividade. Fica claro, porém, que o sucesso do outsourcing depende de uma abordagem cuidadosa.
Definir escopos precisos, escolher parceiros qualificados, gerir ativamente contratos e alinhar tudo com os objetivos de negócio são atitudes indispensáveis para colher os benefícios máximos. Quando bem implementado, o outsourcing de TI libera a empresa para focar no que sabe fazer de melhor, ao mesmo tempo em que especialistas externos garantem excelência nas operações de suporte.
Com visão estratégica, a empresa contratante e o fornecedor caminham juntos em direção a metas comuns de performance e inovação. Como recomendação final, vale reforçar que maximizar o ROI com outsourcing de TI é um exercício contínuo de gestão e otimização. Não basta assinar um contrato e cruzar os dedos; é necessário gerir, medir e aprimorar constantemente. As recompensas, contudo, justificam o esforço: a TI terceirizada pode se tornar fonte de vantagem competitiva, sustentando crescimento e modernização sem extrapolar orçamentos.
Caso sua empresa esteja avaliando adotar (ou expandir) o outsourcing de TI, este é o momento ideal para agir de forma estratégica. Os ganhos potenciais em 2025 – seja em economia, agilidade ou acesso a inovações como IA – são significativos, mas serão capturados plenamente apenas por quem estruturar bem essa iniciativa. Convidamos você a conhecer as soluções da Faiston em outsourcing de TI, uma empresa comprometida em oferecer serviços especializados, sob medida para as necessidades do seu negócio.
Com a parceira certa e as práticas adequadas, sua organização poderá transformar os desafios de TI em oportunidades de resultado, alcançando um ROI superior e sustentando o sucesso em um mercado cada vez mais digital e exigente. Em outras palavras, terceirizar com inteligência hoje é investir no crescimento e na eficiência de amanhã – e a Faiston está pronta para ajudá-lo nessa jornada.