Como aumentar a segurança da informação com o MDR (Managed Detection and Response)

A onda de incidentes de segurança que têm ocorrido no Brasil nos últimos anos elevou o estresse sobre as equipes de TI, com 66% dos profissionais relataram maior pressão devido aos problemas de segurança. Além do volume de ataques, o tempo de detecção e resposta continua sendo um grande desafio. Por conta disso, as empresas têm adotado um serviço de MDR (Managed Detection and Response) para auxiliar na contenção das ameaças.
Dados globais da IBM Security indicam que, em média, as empresas levaram 204 dias para identificar uma violação de dados e 73 dias para contê-la em 2023. Esse atraso prolongado dá vantagem aos invasores, aumentando o impacto financeiro e reputacional dos incidentes.
Estudos mostram que violações contidas em menos de 200 dias custam cerca de US$ 3,93 milhões, enquanto aquelas que levam mais de 200 dias para serem controladas chegam a custar US$ 4,95 milhões em média. Ou seja, cada dia adicional sem detectar uma intrusão aumenta significativamente os prejuízos. Diante desse panorama, as empresas brasileiras de grande porte buscam evoluir de posturas reativas para proativas em segurança.
Os ataques estão mais sofisticados e ocorrem a qualquer hora, exigindo monitoramento contínuo e resposta rápida. Ao mesmo tempo, manter uma equipe interna dedicada de cibersegurança tornou-se difícil e oneroso, dada a escassez de profissionais qualificados e a alta rotatividade no setor – fatores que elevam os custos e fragilizam a capacidade de resposta interna.
O que é MDR e como funciona na prática
O MDR (Managed Detection and Response) é um serviço gerenciado de cibersegurança, fornecido por especialistas externos, que monitora, detecta e responde a ameaças 24×7 em tempo real. Em termos simples, a empresa contrata um provedor MDR que atua como uma extensão do seu centro de operações de segurança (SOC), combinando tecnologia avançada com analistas experientes para proteger o ambiente contra ataques de forma proativa.
Diferentemente de soluções tradicionais puramente reativas, a MDR integra várias capacidades: monitoramento contínuo de redes, endpoints e nuvem; detecção inteligente de intrusões (usando ferramentas de ponta, análise comportamental e inteligência de ameaças); caça proativa a ameaças (threat hunting); e resposta ativa a incidentes, contendo e remediando ataques assim que identificados.
Essa união de automação e expertise humana permite identificar brechas e agir rapidamente, muitas vezes antes mesmo de a empresa perceber que está sob ataque. Um dos grandes diferenciais técnicos do MDR é ir além das medidas de segurança tradicionais. Enquanto firewalls, antivírus e outras ferramentas reativas visam bloquear ameaças conhecidas, o MDR foca em detectar ataques em andamento (incluindo ameaças desconhecidas ou furtivas) e evitar sua recorrência, melhorando continuamente a postura de segurança da organização.
Analistas de segurança que atuam em um MDR analisam os eventos suspeitos, filtram falsos positivos e tomam decisões rápidas para conter ataques complexos, algo fundamental diante de ameaças avançadas que exigem interpretação humana. Por ser entregue “como serviço”, o MDR também disponibiliza esses recursos sem que a empresa precise adquirir e gerenciar internamente um arsenal de ferramentas sofisticadas – é o fornecedor que cuida da infraestrutura de detecção (como plataformas de Endpoint Detection and Response e SIEM), das atualizações de inteligência sobre novas ameaças e do trabalho ininterrupto de monitoramento.
MDR versus MSSP e modelos reativos tradicionais
É importante destacar as diferenças entre o MDR e os tradicionais MSSPs (Managed Security Service Providers), ou serviços gerenciados de segurança. Um MSSP tradicional costuma concentrar-se em gerenciar a infraestrutura de segurança e fazer monitoramento básico, garantindo que firewalls, antivírus, proxies e outros dispositivos estejam atualizados e gerando alertas.
Em geral, o MSSP atua preventivamente na gestão de ferramentas e notificação de incidentes, mas a resposta ativa muitas vezes fica a cargo do cliente. Ou seja, se um alerta crítico disparar, o MSSP encaminha a informação, mas não necessariamente realiza ações de contenção ou remediação em tempo real. O MDR, por sua vez, foca diretamente em identificar e responder às ameaças que burlam as defesas iniciais.
Empresas que fornecem o serviço de MDR oferecem uma abordagem abrangente que inclui detecção avançada, investigação de incidentes e resposta imediata, frequentemente com threat hunting contínuo para encontrar indícios de ataque que passem despercebidos pelos controles tradicionais.
Enquanto um MSSP gerencia e alerta, o MDR investiga e age – por exemplo, isolando um endpoint infectado, bloqueando uma conta comprometida ou eliminando malware detectado, tudo como parte do serviço. Assim, o MDR representa uma evolução para um modelo mais ativo e orientado a resultados, reduzindo significativamente o intervalo entre a detecção e a neutralização de uma ameaça.
Outra diferença está na inteligência e visibilidade. Serviços MDR tendem a utilizar tecnologias modernas como análises de comportamento, aprendizado de máquina e inteligência artificial para correlacionar eventos e antecipar movimentos de atacantes. Também oferecem dashboards e relatórios aprofundados sobre tentativas de intrusão, tendências de ameaças e recomendações de melhorias na segurança do ambiente. Já os MSSPs tradicionais muitas vezes limitam-se a fornecer logs e alertas consolidados, exigindo que a equipe interna do cliente interprete e tome medidas.
Em resumo, o MDR incorpora um SOC completo como serviço, com especialistas investigando cada alerta relevante e tomando ações apropriadas, enquanto o MSSP atua mais como um operador de vigilância, avisando quando algo foge do padrão. Nos últimos anos, conforme as ameaças aumentaram e as empresas sentiram dificuldade em acompanhar, a adoção de MDR cresceu rapidamente. O Gartner previu que até 2024 cerca de 25% das organizações utilizariam serviços MDR, em comparação a apenas 5% poucos anos antes.
Isso reflete como o mercado enxergou valor nessa abordagem proativa. Grandes empresas brasileiras têm seguido essa tendência global, migrando de contratos tradicionais de segurança gerenciada para provedores MDR capazes de oferecer detecção e resposta rápida como um serviço especializado.
Benefícios operacionais e estratégicos do MDR
A adoção do MDR traz uma série de benefícios práticos e estratégicos para as empresas, especialmente em termos de tempo de resposta, visibilidade e eficiência operacional.
Um dos ganhos mais citados é a drástica redução do tempo de detecção e reação a incidentes. Com monitoramento 24×7 e profissionais dedicados analisando eventos em tempo real, as empresas conseguem identificar ataques em minutos ou horas – em vez de dias ou semanas – e já acionar medidas de contenção imediatas. Esse encurtamento do MTTR (Mean Time to Respond) tem impacto direto na limitação de danos. Como visto, violações resolvidas mais rápido custam muito menos para o negócio.
Resposta ágil significa danos minimizados, menos tempo de inatividade e economia financeira significativa, além de preservar a reputação da empresa diante de clientes e do mercado.
Outro benefício importante é a detecção proativa de ameaças avançadas. Serviços de MDR não ficam aguardando um alarme soar – eles fazem threat hunting continuamente, buscando sinais sutis de intrusão que possam passar despercebidos. Isso aumenta a capacidade de prevenir incidentes antes que causem impacto.
Por exemplo, ferramentas de MDR podem identificar comportamentos anômalos de um usuário interno ou tráfego malicioso lateral na rede e neutralizá-los antes que se transformem em um vazamento de dados ou sequestro de sistemas. Essa abordagem preventiva eleva significativamente o nível de segurança: brechas potenciais são fechadas antes de serem exploradas.
A visibilidade contínua oferecida pelo MDR é outro diferencial estratégico. As empresas passam a contar com um SOC virtual operando o tempo todo, o que significa que nenhum evento suspeito fica sem análise. Relatórios e dashboards consolidados permitem aos gestores entender melhor o panorama de ameaças que a organização enfrenta, identificar tendências (por exemplo, tentativas recorrentes de phishing ou malware em determinado setor) e ajustar políticas de segurança de forma embasada. Essa visibilidade integrada, cobrindo desde endpoints até a nuvem, melhora a tomada de decisão e o planejamento de longo prazo em segurança.
Além disso, muitos fornecedores de serviços MDR oferecem insights acionáveis – como recomendações de patches urgentes ou ajustes de configuração – contribuindo para fortalecer proativamente a postura de defesa da empresa. Há um efeito de aprendizado contínuo: a cada incidente investigado, o provedor MDR extrai lições e aprimora as regras de detecção, elevando o nível de proteção dia após dia.
Setores tradicionais como financeiro, telecomunicações, varejo e saúde têm sido os pioneiros na adoção do MDR no Brasil, motivados pelo alto risco de ataques e pela criticidade de manter operações contínuas.
Contudo, a tendência já se espalha também para indústrias, educação e serviços públicos, à medida que a conscientização sobre ameaças cresce. Em muitos casos, o MDR tem sido um divisor de águas na capacidade dessas organizações detectarem ataques sofisticados (como ransomwares inéditos ou ameaças internas) e responderem rapidamente antes que os danos escalem.
MDR como pilar de maturidade e diferencial competitivo
No atual panorama de ciberameaças crescentes e sofisticadas, o MDR tem se tornado um pilar quando se trata de elevar a maturidade de segurança cibernética nas grandes organizações.
Se antes muitas empresas atuavam apenas de forma reativa – apagando incêndios após violações –, hoje o contexto exige antecipação e resposta rápida, algo que o modelo de Detection and Response gerenciado entrega com eficácia comprovada.
Adotar MDR não é apenas uma decisão técnica, mas estratégica: trata-se de proteger ativos críticos, evitar prejuízos multimilionários e garantir a confiança de clientes e parceiros em todos os momentos. E
Em um mercado cada vez mais digital e regulamentado, ter uma defesa cibernética robusta deixou de ser opcional para se tornar fator de sobrevivência e diferencial competitivo. Nesse sentido, o MDR se consolida como um investimento estratégico de alto retorno, pois mitiga riscos que podem afetar diretamente o valor do negócio. Mais do que tecnologia, ele traz processos ágeis e expertise especializada para dentro da empresa, acelerando a evolução da segurança para patamares de excelência.
Para aquelas que desejam dar o próximo passo em direção a uma defesa cibernética superior, vale considerar firmemente a implementação do MDR como parte do roadmap de segurança. A Faiston se coloca como uma parceira pronta para ajudar nessa jornada – com know-how técnico, visão estratégica e soluções de MDR sob medida para o contexto brasileiro. Entre em contato com a Faiston para descobrir como levar a segurança cibernética de sua empresa ao próximo nível, protegendo seus negócios de forma proativa e garantindo a continuidade diante dos desafios digitais atuais.