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MDR x SOC as a Service: como escolher a melhor solução de segurança para sua empresa

O Brasil se consolidou como o segundo país mais visado por ataques cibernéticos em escala global, atrás apenas dos Estados Unidos, registrando mais de 2,5 bilhões de tentativas de ataques no primeiro semestre de 2023. As organizações brasileiras enfrentam, em média, 2.754 tentativas de ataques semanalmente, um aumento de 67% em relação ao ano anterior.

O cenário atual demanda soluções robustas de segurança, enquanto o Managed Detection and Response (MDR) se destaca como uma das principais respostas a estas ameaças. O mercado global de MDR apresenta crescimento significativo, com projeção de expansão de US$ 2,6 bilhões em 2020 para US$ 5,6 bilhões até 2025. As empresas que utilizam MDR registram uma melhoria de 38% na capacidade de detectar e responder a ameaças avançadas, além disso, experimentam uma redução de 30% nos riscos associados a violações de dados.

Este artigo analisa as diferenças entre as soluções MDR e SOC as a Service, apresentando dados técnicos e orientações práticas para auxiliar as empresas brasileiras na escolha da solução mais adequada às suas necessidades de segurança.

Desafios de segurança para empresas brasileiras

Os setores empresariais brasileiros enfrentam uma escalada sem precedentes nos ataques cibernéticos. No segundo semestre de 2023, o país registrou 357.422 ataques, um aumento de 8,86% em comparação com o primeiro semestre do mesmo ano.

O setor de telecomunicações sem fio lidera o ranking de alvos preferenciais, com 82.065 ataques registrados, representando um aumento alarmante de 142,47% em relação ao semestre anterior. Na sequência, o setor de transporte de cargas contabilizou 25.620 ocorrências, seguido pelo processamento de dados com 25.130 registros.

A área da saúde apresentou uma mudança significativa no cenário de ameaças, saltando da sétima para a terceira posição entre os setores mais visados em 2024, com mais de 6,5 mil tentativas de ataques. Os dados mostram que o setor hospitalar brasileiro registra uma média de 1.613 ocorrências por semana.

No contexto financeiro, os prejuízos causados por violações de dados alcançaram patamares expressivos. O custo médio por incidente no Brasil atingiu R$ 34,7 milhões em 2024, um aumento de 9% em relação ao ano anterior. Os setores de saúde e serviços experimentaram os maiores impactos financeiros, com perdas médias de R$ 57,9 milhões e R$ 46,39 milhões, respectivamente.

Ademais, 47% das violações envolveram dados armazenados em múltiplos ambientes, resultando em prejuízos superiores a R$ 40,59 milhões por incidente. Estas violações demandam, em média, 355 dias para serem identificadas e contidas. Os principais fatores que ampliam os custos das violações são a complexidade dos sistemas de segurança e a escassez de profissionais qualificados.

Por outro lado, as empresas que implementaram soluções baseadas em inteligência artificial e automação conseguiram reduzir significativamente os impactos dos ataques. Organizações com uso extensivo de segurança impulsionada por IA registraram violações 72 dias mais curtas e economizaram, em média, RBRL 11,6 milhões em prejuízos.

O cenário atual evidencia que 31% das empresas brasileiras já adotam segurança impulsionada por IA e automação para prevenir e combater violações, um aumento considerável em relação aos 23% registrados em 2023. Entretanto, os ataques de phishing permanecem como o vetor de ataque inicial mais comum, representando 16% dos incidentes e gerando um custo médio de R$ 40,5 milhões por violação.

Managed Detection and Response

O Managed Detection and Response (MDR) oferece um conjunto abrangente de tecnologias e protocolos para proteção contínua contra ameaças cibernéticas. As soluções MDR combinam análises avançadas com inteligência contra ameaças e monitoramento ininterrupto para detectar e neutralizar riscos em tempo real.

A tecnologia de detecção em tempo real do MDR utiliza aprendizado de máquina e análise comportamental para identificar ameaças conhecidas e desconhecidas, incluindo malware, ransomware, tentativas de phishing e ameaças internas. O monitoramento contínuo abrange endpoints, redes e ambientes em nuvem, permitindo uma visibilidade completa do ambiente de TI.

No contexto dos protocolos de resposta a incidentes, o MDR implementa um processo sistemático dividido em cinco etapas principais: priorização de eventos, investigação detalhada, contenção da ameaça, remediação e neutralização completa. A equipe especializada realiza análise forense e investigações aprofundadas para determinar o escopo e a gravidade das ameaças.

A inteligência de ameaças aplicada pelo MDR utiliza dados atualizados globalmente para identificar padrões de ataque e comportamentos suspeitos. Os analistas de segurança empregam caça proativa a ameaças, monitorando continuamente indicadores de comprometimento e anomalias comportamentais.

Em relação às métricas de performance, os serviços MDR monitoram indicadores como tempo médio de detecção (MTTD) e tempo médio de resposta (MTTR). Ademais, as organizações que implementam MDR registram uma redução significativa no tempo de permanência de ameaças, com média de detecção e contenção de 355 dias.

Os serviços MDR também incorporam verificações regulares de integridade e geram relatórios semanais e mensais detalhados sobre o estado da segurança. As equipes de analistas trabalham em centros de operações de segurança (SOCs) distribuídos globalmente, garantindo cobertura 24 horas por dia e resposta imediata a incidentes.

A eficácia do MDR é evidenciada pela capacidade de detectar e interromper ataques antes que causem danos significativos. As organizações que utilizam MDR apresentam uma melhoria de 38% na capacidade de detectar e responder a ameaças avançadas [7].

Funcionalidades do SOC terceirizado

Um SOC terceirizado proporciona monitoramento especializado e contínuo da infraestrutura de TI, operando 24 horas por dia, 7 dias por semana. As equipes especializadas utilizam tecnologias avançadas como Inteligência Artificial e Machine Learning para identificar e responder rapidamente a ameaças em tempo real.

O monitoramento abrange diversos componentes críticos, incluindo firewalls, sistemas de prevenção de intrusão, logs de servidores e aplicações SaaS. Adicionalmente, as equipes monitoram o tráfego de rede e o comportamento dos usuários, garantindo proteção completa em ambientes híbridos e multicloud.

A integração com ferramentas SIEM (Security Information and Event Management) e UEBA (User and Entity Behavior Analytics) permite a correlação eficiente de eventos para identificar padrões anômalos e ataques direcionados. Esta abordagem resulta em uma redução significativa no tempo médio de detecção (MTTD) e resposta (MTTR) a incidentes.

Na análise de vulnerabilidades, o SOC terceirizado realiza avaliações abrangentes que identificam pontos fracos em cada recurso e calculam os custos associados. As equipes também conduzem testes de penetração simulando ataques específicos para avaliar a resistência dos sistemas.

O processo de resposta a incidentes inclui investigação da causa raiz, determinação de vulnerabilidades técnicas e identificação de fatores contribuintes, como práticas inadequadas de senha ou baixa conformidade com políticas. As ações de contenção podem incluir isolamento de endpoints comprometidos, redirecionamento do tráfego de rede e interrupção de processos afetados.

Para empresas que operam em mercados regulamentados, o SOC terceirizado auxilia na adequação às normas como LGPD, ISO 27001 e GDPR. Os relatórios personalizados destacam áreas de melhoria e progresso, sendo discutidos em reuniões trimestrais com especialistas para compartilhar recomendações de fortalecimento da segurança.

A eficiência do SOC terceirizado é evidenciada pela redução nos custos operacionais, eliminando a necessidade de investimentos em infraestrutura própria e treinamento contínuo de equipe. Além disso, oferece acesso imediato a profissionais experientes e tecnologias avançadas.

Critérios para escolha da solução ideal

A seleção entre MDR e SOC as a Service requer uma análise meticulosa que começa com a avaliação da maturidade da organização em cibersegurança. Dados do mercado brasileiro indicam que empresas que adotam uma abordagem sistemática na seleção de serviços gerenciados apresentam 47% menos incidentes de segurança no primeiro ano de operação.

Na avaliação de maturidade, é necessário considerar aspectos como governança, estrutura organizacional, funções, responsabilidades, políticas e estratégias vigentes. Além disso, a análise deve contemplar a capacidade da empresa em termos de competência, sistemas de informação e processos decisórios.

Os requisitos técnicos mínimos envolvem a compatibilidade com a infraestrutura existente, considerando protocolos de comunicação e APIs disponíveis. A experiência do mercado brasileiro demonstra que 62% das implementações malsucedidas estão relacionadas a problemas de integração.

Na definição dos Acordos de Nível de Serviço (SLAs), é fundamental estabelecer métricas mensuráveis como tempo médio de detecção de ameaças, taxa de falsos positivos e tempo de resposta a incidentes críticos. Os SLAs devem incluir penalidades apropriadas em caso de descumprimento.

A avaliação dos provedores deve considerar múltiplos critérios, incluindo experiência no mercado (25%), capacidade técnica (30%), cobertura de serviços (25%) e suporte/SLA (20%). Adicionalmente, é importante verificar a aderência a frameworks reconhecidos como ITIL e certificações relevantes como ISO 27001.

O aspecto financeiro da avaliação precisa considerar não apenas o custo direto dos serviços, mas também o retorno sobre o investimento em segurança. Análises do mercado brasileiro indicam que organizações que investem em serviços gerenciados economizam, em média, 42% em comparação com a manutenção de equipes internas equivalentes.

Por fim, a capacidade de escalonamento do fornecedor é essencial, visto que 58% das empresas brasileiras precisaram escalar seus serviços de segurança nos últimos 12 meses. O fornecedor deve demonstrar flexibilidade para adaptar seus serviços às mudanças nas necessidades da organização, seja em volume de dados, número de ativos protegidos ou novos requisitos de segurança.

A realidade atual do mercado brasileiro, com mais de 2,5 bilhões de tentativas de ataques registradas no primeiro semestre de 2023, reforça que a decisão sobre qual solução adotar deve ser fundamentada em análises técnicas aprofundadas, considerando aspectos como maturidade organizacional, requisitos de conformidade e capacidade de escalonamento do fornecedor. A Faiston está pronta para ajudar sua empresa a encontrar a solução de segurança para suas operações,


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