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Hardware as a Service (HaaS): Guia prático para reduzir custos em TI

A transformação de grandes investimentos iniciais em despesas operacionais mensais é uma realidade cada vez mais buscada pelas empresas brasileiras. O Hardware as a Service (HaaS) é uma solução que permite às organizações alugar equipamentos de tecnologia em vez de comprá-los, eliminando a necessidade de investimentos significativos em infraestrutura.

Além disso, o HaaS oferece benefícios importantes como a atualização constante dos equipamentos, serviços de assistência técnica e gestão da estrutura, permitindo que as empresas mantenham seu parque tecnológico sempre atualizado. Dessa forma, as organizações podem se concentrar em seu negócio principal enquanto a equipe de TI dedica-se a atividades mais estratégicas.

O modelo HaaS tem ganhado ainda mais relevância após a pandemia de COVID-19, com a crescente migração para soluções baseadas em nuvem. Este guia apresenta uma análise detalhada sobre como implementar o Hardware as a Service e alcançar uma redução significativa nos custos operacionais de TI, mantendo a eficiência e a competitividade no mercado.

Entendendo o modelo HaaS no mercado brasileiro

O mercado brasileiro de Hardware as a Service tem apresentado um crescimento expressivo nos últimos anos. A adoção do modelo tem sido impulsionada principalmente pela necessidade de redução de custos operacionais. As empresas que implementam a estratégia HaaS conseguem economizar entre 20% e 30% em impressoras e entre 10% e 25% em computadores e smartphones.

Ademais, o mercado de PC as a Service no Brasil atingiu 440 mil equipamentos em 2024, com expectativa de alcançar 546 mil unidades em 2025.

O setor de TI e telecomunicações lidera a adoção do Hardware as a Service no Brasil. As empresas deste segmento necessitam de constantes atualizações e expansões de hardware, tornando o modelo HaaS particularmente atraente por reduzir os custos de aquisição através do sistema de locação.

Outro dado significativo mostra que apenas 20% das empresas brasileiras atualmente contratam equipamentos como serviço, indicando um amplo potencial de crescimento para o setor. Particularmente, o mercado corporativo de médio e pequeno porte tem demonstrado interesse crescente nos serviços de locação e assinatura de hardware.

Os benefícios fiscais têm sido um fator determinante na adoção do Hardware as a Service no Brasil. As empresas podem obter créditos de PIS, Cofins (9,25%) e abatimento de IR (34%) sem afetar o EBITDA, uma vez que esses valores são descontados abaixo da linha do Livro de Apuração do Lucro Real.

O setor público brasileiro também começa a demonstrar maior interesse pelo modelo Hardware as a Service. Órgãos governamentais e instituições públicas estão gradualmente migrando para este sistema, especialmente após perceberem as vantagens econômicas e operacionais. Esta tendência tem potencial para expandir significativamente o mercado nos próximos anos.

A transformação digital acelerada pela pandemia continua influenciando o crescimento do setor. As empresas brasileiras buscam soluções que permitam maior flexibilidade e eficiência operacional, encontrando no HaaS uma alternativa que combina modernização tecnológica com gestão otimizada de recursos.

Análise técnica da infraestrutura HaaS

A infraestrutura do Hardware as a Service requer uma base tecnológica robusta para garantir operações eficientes e seguras. No Brasil, a conectividade representa um elemento fundamental, pois permite a transmissão contínua e segura de dados entre os dispositivos e sistemas de gestão.

Para estabelecer uma conexão confiável, as empresas precisam implementar redes com protocolos TCP/IP adequados e configurar corretamente os endereços IP, máscaras de sub-rede e gateways padrão. Além disso, o monitoramento em tempo real dos ativos de hardware exige uma largura de banda dedicada para garantir a qualidade do serviço.

No que diz respeito à segurança e conformidade com a LGPD, as organizações devem adotar medidas técnicas e administrativas para proteger dados pessoais contra acessos não autorizados. Entre as principais medidas estão a implementação de criptografia de dados em repouso e em trânsito, além do uso de autenticação multifator para acesso aos sistemas.

A gestão de ativos no modelo Hardware as a Service inclui o monitoramento contínuo do desempenho dos equipamentos. As organizações utilizam sistemas automatizados que permitem rastrear a localização dos dispositivos, identificar alterações em hardware e software, e reduzir casos de furtos de componentes. Ademais, a geolocalização dos equipamentos ajuda a prevenir extravios.

Os fornecedores de HaaS no Brasil oferecem serviços de monitoramento preditivo que utilizam inteligência artificial para identificar possíveis falhas antes que ocorram. Essa abordagem proativa resulta em uma redução significativa no tempo de inatividade dos equipamentos e nas despesas operacionais.

Para garantir a conformidade com a LGPD, as empresas implementam políticas de backup e recuperação de dados. Os dados são armazenados em múltiplos nós distribuídos pelo datacenter, assegurando que falhas em hardware não afetem o desempenho geral dos negócios nem a disponibilidade das informações.

Cálculo do ROI em projetos HaaS

O cálculo do Retorno sobre Investimento (ROI) em projetos de Hardware as a Service demanda uma análise minuciosa dos custos e benefícios envolvidos. Inicialmente, é necessário considerar que o modelo tradicional de aquisição de hardware requer um investimento inicial significativo, além de despesas contínuas com manutenção e suporte técnico.

No modelo HaaS, as empresas podem reduzir seus custos operacionais em até 40% do valor comparado à compra direta de equipamentos. Ademais, os dados mostram que organizações conseguem manter suas instâncias por períodos mais longos, como 8 horas, mantendo alta disponibilidade e menor custo por operação.

A análise comparativa entre os modelos demonstra que, no formato tradicional, as empresas precisam considerar a depreciação dos equipamentos, que pode chegar a 25% ao ano. Por outro lado, no modelo HaaS, além da eliminação desse custo, as organizações obtêm economia adicional através da redução de gastos com energia elétrica e espaço físico para armazenamento de equipamentos.

Os benefícios financeiros do Hardware as a Service também se estendem à gestão de ativos. As empresas podem economizar aproximadamente 28,82% em custos operacionais, mantendo uma disponibilidade prevista de 98,19%. Adicionalmente, a flexibilidade do modelo permite ajustes rápidos na infraestrutura, evitando gastos desnecessários com equipamentos subutilizados.

A economia em manutenção preventiva pode alcançar valores expressivos quando consideramos contratos de longo prazo. Por exemplo, contratos de fidelização de três anos oferecem descontos de 10% na manutenção preventiva, além de reduções nas taxas de mão de obra e deslocamento para assistências técnicas.

O monitoramento remoto e a gestão proativa de ativos no modelo Hardware as a Service resultam em uma diminuição significativa no tempo de inatividade dos equipamentos. Estudos indicam que empresas podem reduzir em até 25% os custos relacionados a paradas não programadas, contribuindo diretamente para o aumento da produtividade e eficiência operacional.

Implementação prática do Hardware as a Service

A implementação bem-sucedida do Hardware as a Service começa com uma análise detalhada da infraestrutura existente. Primeiramente, as empresas precisam realizar um inventário completo dos equipamentos, incluindo idade, estado de conservação e custos de manutenção. Este levantamento permite identificar quais dispositivos devem ser substituídos prioritariamente no processo de migração para o modelo HaaS.

Durante a avaliação inicial, é fundamental mapear os processos críticos que dependem diretamente dos equipamentos de TI. As organizações devem considerar aspectos como o tempo médio de inatividade dos dispositivos e o impacto das falhas nas operações diárias. Adicionalmente, a análise deve contemplar os custos atuais com suporte técnico e manutenção preventiva.

A migração para o Hardware as a Service deve ocorrer de forma gradual, começando pelos setores menos críticos da organização. Esta abordagem permite que a equipe de TI identifique possíveis problemas e ajuste os processos sem comprometer as operações essenciais. Os dados mostram que empresas que optam pela migração em fases apresentam uma taxa de sucesso 40% maior na implementação do modelo.

O treinamento adequado da equipe de TI é determinante para o êxito da implementação. Os profissionais precisam desenvolver novas competências relacionadas ao gerenciamento de contratos de serviço, monitoramento remoto e gestão de relacionamento com fornecedores. Estudos indicam que equipes bem treinadas reduzem em até 65% o tempo de resolução de problemas técnicos.

Para garantir uma transição eficiente, as organizações devem estabelecer indicadores de desempenho claros. O monitoramento constante desses métricas permite avaliar a efetividade da implementação e realizar ajustes quando necessário. Entre os principais indicadores, destacam-se o tempo de resposta do suporte técnico, a disponibilidade dos equipamentos e o nível de satisfação dos usuários.

A documentação adequada dos processos e procedimentos é outro aspecto fundamental. As empresas precisam manter registros detalhados das configurações, atualizações e manutenções realizadas nos equipamentos. Esta prática facilita a gestão do parque tecnológico e auxilia na identificação de oportunidades de melhoria contínua.

A implementação gradual e planejada do Hardware as a Service, começando pelos setores menos críticos, assegura uma transição suave e bem-sucedida. O treinamento adequado das equipes e o estabelecimento de métricas claras de desempenho complementam as bases para o sucesso deste modelo no cenário brasileiro.

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