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Introdução ao SOC: como um Security Operations Center fortalece sua segurança cibernética

Um moderno Security Operations Center (SOC) tem o potencial de proteger as organizações contra um cenário de ameaças em constante evolução com uma equipe centralizada responsável por melhorar a postura de segurança cibernética e prevenir, detectar e responder a ataques.

A equipe do SOC, que pode ser local ou terceirizada, monitora identidades, endpoints, servidores, bancos de dados, aplicativos de rede, sites e outros sistemas para descobrir possíveis ataques cibernéticos em tempo real.

As equipes de um SOC também realizam um trabalho de segurança proativo com ferramentas de inteligência sobre ameaças, e se mantêm atualizadas para identificarem e resolverem vulnerabilidades nos sistemas ou processos antes que os invasores as explorem.

Centros altamente especializados

Os SOCs modernos são Security Operations Center altamente especializados cujo objetivo é detectar invasores com uma sequência de processos apoiados por ferramentas capazes de processar um grande volume de dados em tempo real para detectar, analisar e responder a ataques o mais rápido possível.

Os cibercriminosos estão sempre ativos todos os dias do ano. Eles se escondem no sistema, prontos para atacar assim que as organizações se descuidarem com a segurança. Isto significa que o SOC tem que operar 24 horas por dia, 365 dias por ano, com a mesma intensidade e garantir que a cobertura fornecida pelas suas equipes e funções é suficiente para manter as atividades maliciosas sob controle.

Os principais especialistas que atuam no SOC, segundo nosso parceiro WatchGuard, são:

Analistas de Segurança: existem três níveis para analistas de segurança com diferentes responsabilidades atribuídas a cada nível.

Os analistas de segurança de nível 1 têm a tarefa de monitorar e classificar alertas proativamente, bem como detectar anomalias ou indicadores de ataque e, em seguida, identificar a causa raiz e recomendar soluções. Os analistas de nível 1 filtram alertas falsos positivos de incidentes reais, portanto a sua eficiência é crítica. Eles também são responsáveis ​​por configurar ferramentas de segurança e monitoramento.

Os analistas de nível 2 são conhecidos como investigadores e trabalham em estreita colaboração com a equipe de resposta. Eles são responsáveis ​​por investigar o incidente de segurança e determinar o que aconteceu, quais sistemas foram afetados, quais técnicas foram utilizadas, quando e por quê. Depois, precisam trabalhar com a equipe de resposta para desenvolver medidas de resposta e remediação para evitar ataques semelhantes no futuro. Os analistas de Nível 2 analisam quaisquer fraquezas encontradas nas medidas preventivas de uma organização com o objetivo de fortalecer a sua resiliência.

Finalmente, os analistas de nível 3 são considerados especialistas dentro da equipe do SOC. Eles auxiliam o nível 2 sempre que incidentes complexos exigem novas análises de dados comportamentais e inteligência de segurança.

Treath Hunters: a abordagem adotada por esses caçadores de ameaças centra-se mais no conhecimento profissional das principais técnicas e comportamentos dos invasores do que nas tecnologias de detecção. O seu trabalho é localizar ameaças desconhecidas e sofisticadas que conseguiram contornar os controles existentes. Procurando identificar e responder rapidamente às ameaças, avaliam a segurança da organização de um ponto de vista proativo, reduzindo o tempo de permanência de uma ameaça.

Gerente do SOC: responsável por liderar a equipe executando tarefas gerenciais e operacionais em vez de tarefas técnicas específicas. Esta função desempenha responsabilidades de gestão como orçamento, definição de estratégias, gestão do time de especialistas, coordenação de operações, cumprimento dos objetivos definidos pela gestão da empresa, aquisição de soluções e ferramentas para o SOC, revisão de relatórios de incidentes e geração de relatórios sobre as atividades.

Equipe de arquitetura: responsável por criar e manter a arquitetura da infraestrutura e aplicações do SOC através de testes, avaliação e sugestão de ferramentas adequadas para os processos de segurança. Em estreita colaboração com outras equipes e especialistas, sugerem, avaliam, desenvolvem e testam novas ferramentas e processos que melhoram a eficiência na detecção de ameaças sofisticadas. Isso garante que o invasor não tenha onde se esconder e que não tenha chance de atacar novamente quando a equipe de resposta decidir erradicar a ameaça da organização. Às vezes, eles também têm a tarefa de garantir a conformidade, o que envolve documentar e atualizar constantemente as práticas de segurança em relação às estruturas internas e do setor.

A chave para ter um serviço de SOC eficaz é contar com uma equipe altamente qualificada que esteja sempre se atualizando. Tudo começa com a busca dos melhores talentos, mas isso pode ser complicado porque o mercado de especialistas em segurança é altamente competitivo.

Por isso, para evitar uma lacuna de competências, muitas organizações preferem migrar para um Serviço Gerenciado de Segurança, cujos responsáveis irão buscar no mercado pessoas com conhecimentos diversos, tais como monitoramento de sistemas e inteligência, gestão de alertas, detecção e análise de incidentes, caça a ameaças, hacking ético, perícia cibernética e engenharia reversa, entre outras especialidades.

Esse parceiro também irá oferecer as mais inovadoras ferramentas e, principalmente, investirá no treinamento constante das equipes do SOC.

Confira as principais funções de um SOC

Os membros da equipe do SOC assumem as seguintes funções para ajudar a prevenir, responder e se recuperar de ataques, seguindo as práticas da nossa parceira Microsoft:

Inventário de ativos e ferramentas

Para eliminar pontos cegos e lacunas na cobertura, o SOC precisa de visibilidade dos ativos que protege e de insights sobre as ferramentas que utiliza para defender a organização. Isso significa inventariar todos os bancos de dados, serviços em nuvem, identidades, aplicativos e endpoints no local e em diversas nuvens. A equipe também acompanha todas as soluções de segurança utilizadas na organização, como firewalls, anti-malware, anti-ransomware e software de monitoramento.

Redução da superfície de ataque

Uma responsabilidade fundamental do SOC é reduzir a superfície de ataque da organização. O SOC faz isso mantendo um inventário de todas as cargas de trabalho e ativos, aplicando patches de segurança a software e firewalls, identificando configurações incorretas e adicionando novos ativos. Os membros da equipe também são responsáveis ​​por pesquisar ameaças emergentes e analisar a exposição, o que os ajuda a ficar à frente das ameaças mais recentes.

Monitoramento contínuo

Usando soluções de análise de segurança, como uma solução de gerenciamento empresarial de informações de segurança (SIEM), uma solução de orquestração, automação e resposta de segurança (SOAR) ou uma solução de detecção e resposta estendida (XDR), as equipes do SOC monitoram todo o ambiente – no local, nuvens, aplicativos, redes e dispositivos — o dia todo, todos os dias, para descobrir anormalidades ou comportamentos suspeitos. Essas ferramentas coletam e agregam os dados e, em alguns casos, automatizam a resposta a incidentes.

Inteligência de ameaças

O SOC também usa análise de dados, feeds externos e relatórios de ameaças de produtos para obter insights sobre o comportamento, a infraestrutura e os motivos do invasor. Essa inteligência fornece uma visão geral do que está acontecendo na Internet e ajuda as equipes a entenderem como os hackers operam. Com essas informações, o SOC pode descobrir ameaças rapidamente e fortalecer a organização contra riscos emergentes.

Detecção de ameaças

As equipes do SOC usam os dados gerados pelas soluções SIEM e XDR para identificar ameaças. Isso começa filtrando os falsos positivos dos problemas reais. Em seguida, eles priorizam as ameaças por gravidade e potencial impacto para os negócios.

Gerenciamento de registros

O SOC também é responsável por coletar, manter e analisar os dados de log produzidos por cada endpoint, sistema operacional, máquina virtual, aplicativo local e evento de rede. A análise ajuda a estabelecer uma linha de base para atividades normais e revela anomalias que podem indicar malware, ransomware ou vírus.

Resposta a incidentes

Depois que um ataque cibernético é identificado, o SOC toma medidas rapidamente para limitar os danos à organização com o mínimo de interrupção possível para os negócios. As etapas podem incluir desligar ou isolar endpoints e aplicativos afetados, suspender contas comprometidas, remover arquivos infectados e executar software antivírus e anti-malware.

Recuperação e remediação

Após um ataque, o SOC é responsável por restaurar a empresa ao seu estado original. A equipe limpará e reconectará discos, identidades, e-mails e endpoints, reiniciará aplicativos, passará para sistemas de backup e recuperará dados.

Investigação da causa raiz

Para evitar que um ataque semelhante aconteça novamente, o SOC faz uma investigação minuciosa para identificar vulnerabilidades, processos de segurança deficientes e outros aprendizados que contribuíram para o incidente.

Refinamento da segurança

O SOC utiliza qualquer inteligência coletada durante um incidente para resolver vulnerabilidades, melhorar processos e políticas e atualizar a estratégia de segurança.

 

Benefícios de contar com uma estrutura de SOC

Ao unificar as pessoas, ferramentas e processos usados ​​para proteger uma organização contra ameaças, um SOC contribui para uma eficiente estratégia contra ataques e violações.

Precisamos levar em conta de que melhorar a segurança de uma organização é um trabalho que nunca termina. São necessários monitoramento, análise e planejamento contínuos para descobrir vulnerabilidades e ficar atualizado sobre as mudanças tecnológicas.

Um SOC centralizado, com pessoas dedicadas, ajuda a garantir que os processos e tecnologias sejam continuamente melhorados, reduzindo o risco de um ataque bem-sucedido.

Isso é fundamental para que um ataque cibernético seja identificado e neutralizado com rapidez. Com as ferramentas, pessoas e inteligência certas, muitas violações são interrompidas antes de causarem qualquer dano.

Mas os hackers são espertos e tentam permanecer disfarçados, roubando grandes volumes de dados e aumentando seus privilégios antes que alguém perceba. Um incidente de segurança também é um evento muito estressante – especialmente para pessoas inexperientes em resposta a incidentes. Usando inteligência unificada contra ameaças e procedimentos bem documentados, as equipes SOC são capazes de detectar, responder e se recuperar rapidamente de ataques.

Além disso, uma violação bem-sucedida pode resultar em grandes prejuízos financeiros e à reputação da marca. A recuperação geralmente provoca um tempo de inatividade significativo e muitas empresas perdem clientes ou lutam para conquistar novas contas logo após um incidente. Ao se antecipar aos invasores e responder rapidamente, um SOC ajuda as organizações a economizarem tempo e dinheiro à medida que voltam às operações normais.

A importância da tecnologia na eficiência do SOC

Cada uma das funções do SOC depende criticamente da tecnologia. A correta abordagem tecnológica influencia significativamente as capacidades organizacionais e os custos ao minimizar o tempo para detectar e responder aos atores da ameaça.

Para que o SOC seja eficiente, as equipes de operações de segurança devem contar com uma plataforma moderna e altamente integrada baseada em nuvem que ofereça os seguintes recursos:

Visibilidade e pesquisa centralizadas: pesquisa centralizada em todos os dados de toda a infraestrutura de TI distribuída, incluindo acesso imediato a alertas de segurança e telemetria completa para acelerar a investigação de ameaças e a resposta a incidentes com visibilidade em tempo real

Análise holística de ameaças: aplicação de Inteligência Artificial, análise de cenário e análise contextual profunda para detectar ameaças avançadas e priorizar criticidade em toda a superfície de ataque

Gerenciamento de casos de incidentes: recursos que permitem que as equipes de segurança se envolvam em fluxos de trabalho colaborativos e eficientes com uma plataforma de gerenciamento de casos centralizada e segura para gerenciar e acelerar a investigação de ameaças e os esforços de resposta a incidentes

Automação de tarefas: automação de tarefas rotineiras e demoradas que apoia a investigação de ameaças e resposta a incidentes, incluindo a execução automatizada de mitigações e contramedidas para contenção e neutralização de ameaças

Métricas operacionais: capacidade de capturar facilmente métricas e gerar relatórios eficazes sobre os principais indicadores de desempenho (KPIs) e SLAs

 

Como medir a maturidade do SOC

As empresas precisam medir o desempenho em todas as áreas de operações para verificar se são rentáveis ​​e estão alcançando os resultados desejados. Uma das melhores maneiras para os gestores de segurança demonstrarem que a sua estratégia está alinhada aos objetivos de negócio é utilizar métricas que demonstrem a sua eficiência.

O MTTD (Mean Time to Detect – tempo médio de detecção) e o MTTR (Mean Time to Repair – tempo médio de reparo) são os dois principais indicadores de desempenho usados ​​para medir e relatar a rapidez com que as operações de segurança detectam e respondem às ameaças cibernéticas.

Especialistas da WatchGuard explicam como funcionam essas métricas e como são calculadas:

MTTD: O que é e como é calculado?

Esse KPI mede o tempo que a equipe de operações de segurança leva para detectar e identificar uma ameaça oculta na rede de uma organização. Esta métrica demonstra a eficácia das operações de segurança e calcula a velocidade e as capacidades dos caçadores de ameaças, analistas SOC e equipe de resposta no monitoramento, classificação e investigação de comportamento anômalo na rede, bem como na resposta ao invasor caso ocorra uma violação de segurança. O objetivo da equipe deve ser manter esta métrica o mais baixa possível, pois isso significa que o impacto será menor se as redes de uma organização forem comprometidas.

O MTTD para um único incidente é calculado com base na diferença de data/hora entre o primeiro sinal do ataque e a data em que o caso do incidente foi criado, ou seja, o momento em que a ameaça foi classificada para investigação completa. O tempo médio para detectar cada incidente é usado para calcular o MTTD para todos os incidentes em um específico período de tempo.

MTTR: O que é e como é calculado?

Esse KPI indica o tempo que a equipe leva para investigar e responder às ameaças detectadas. Esta medida determina a eficácia das operações de segurança e mostra a eficiência dos analistas e da equipe de resposta do SOC, responsáveis ​​por identificar e correlacionar anomalias comportamentais que indiquem a ocorrência de um incidente, investigando-as minuciosamente e respondendo, desde a contenção até a erradicação da ameaça da rede.

Se este indicador for elevado, a tecnologia utilizada nas áreas que apoiam a investigação e mitigação de ameaças do SOC pode ser lenta e fraca, e pode faltar automatização. Nestes casos, as ameaças nas redes corporativas podem resultar numa violação de dados ou incorrer em custos extremamente elevados.

O tempo de resposta para um único incidente é baseado na diferença de data/hora entre a data de criação do caso, ou o início da investigação, e o momento em que o incidente é resolvido. Tal como no MTTD, o tempo médio que a equipe leva para investigar e responder a cada incidente é usado para determinar o tempo de resposta para todos os incidentes dentro de um específico período de tempo.

A velocidade com que as operações de segurança detectam e respondem pode fazer a diferença entre uma violação que pode ser contida a tempo e uma violação grave de dados, com danos operacionais e de reputação dispendiosos. Portanto, a aplicação de métricas básicas como MTTD e MTTR permite que a equipe do SOC e as partes interessadas obtenham uma compreensão mais profunda do desempenho operacional, permitindo tomar melhores decisões de investimento e demonstrar valor para a gestão.

Provedores de Serviços de Segurança procuram ativamente oportunidades para otimizar processos e resultados dos serviços oferecidos no SOC.

E, como cada organização é única, com os seus próprios desafios de segurança, as equipes devem ajustar regularmente os controles de segurança para acompanhar as mudanças no cenário de ameaças e nas prioridades de negócios, ao mesmo tempo em que equilibram o investimento e a cobertura de segurança.

A oferta de um eficiente SOC faz parte do escopo da nossa oferta de Serviços de Segurança, integrando uma abordagem holística que cuida da segurança dos ativos de TI, identifica e gerencia as vulnerabilidades existentes, mitiga as ameaças internas e externas e avalia o impacto dos riscos caso um ataque cibernético ocorra.

Entre em contato com a Faiston e mantenha as ameaças cibernéticas longe do seu negócio.


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